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LER

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Já nas bancas!


«Ao falar de sua infância José tem que recorrer à sua memória e sabe que ela o trai, pois muita coisa está sendo relembrada de maneira inexata, ou foi esquecida. Mas ele gostaria de concluir, ao fim dessas lembranças tumultuadas, que a memória pode ser uma aliada da vida. Sabe que todo relato autobiográfico é um amontoado de mentiras – o autor mente para o leitor, e mente para si mesmo. Mas aqui, se alguma coisa foi esquecida, ele se esforçou para que nada fosse inventado.»

Rubem Fonseca


 

ANTÓNIO OSÓRIO HERANÇAS FAMILIARES

O Concerto Interior é uma breve memória autobiográfica que funciona como chave para que possamos reler uma boa parte da poesia de António Osório à luz de alguns episódios biográficos determinantes. Não estamos a falar de grandes convulsões de ordem social mas de pequenos terramotos íntimos. É essa a matriz poética deste poeta da delicadeza e da gratidão.

 

RUBEM FONSECA E AGORA, JOSÉ?

«Aqui, se alguma coisa foi esquecida, José se esforçou para que nada fosse inventado.» O esclarecimento aparece logo nas primeiras páginas de José, «novela» autobiográfica de Rubem Fonseca lançada este mês em Portugal pela Sextante, acompanhada dos seus mais recentes contos em Axilas & Outras Histórias Indecorosas. A par das memórias, publicamos a biografia do criador de Mandrake, assinada pelos jornalistas brasileiros Tiago Petrik, Malu Porto e João Gabriel Lima.

 

 SALMAN RUSHDIE A BOA VIDA DE VLADIMIR JOYCE

O autor de Os Versículos Satânicos pensou em vários nomes: Franz Sterne, Marcel Beckett, Vladimir Joyce ou Joseph Anton – em comum, o facto de homenagearem grandes figuras da literatura mundial. Escolheu este último para sobreviver aos anos da fatwa declarada pelo aiatola Khomeini. Memórias finalmente reveladas em livro.

 

LITERATURA GUIA PRÁTICO DO NOBELÊS

Desde 1901 que a atribuição do Nobel da Literatura é justificada num texto muito curto da Academia Sueca. No mês em que se conhece o 109º galardoado, voltámos ao início para sublinhar os argumentos mais repetidos. Um, dois, três, diga lá outra vez.

 

INVESTIGAÇÃO AGINTER PRESS

Aginter Press foi nome de fachada para um grupo de extremistas europeus que, no auge da Guerra Fria, encontraram refúgio em Portugal e serviram a guerra secreta de Salazar em África. Uma história de espionagem e terrorismo internacional contada pelo embaixador José Duarte de Jesus.

 

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A leitura de Eduardo Lourenço

 

Fim de tarde perfeito. Perdoem-nos a imodéstia, mas foi um fim de tarde perfeito. Dia 20 de setembro, sala Luís de Freitas Branco cheia, com os Jerónimos por perto, luz a condizer, convidados como Francisco José Viegas, Pilar del Río ou Vasco Graça Moura, participação entusiasta do público e, o mais importante, a sublime conferência de Eduardo Lourenço, que prometemos publicar na próxima edição da LER. O ciclo «LER em Voz Alta», esse prossegue no Centro Cultural de Belém, no dia 18 de outubro, na mesma sala, às 18h30, com a palavra entregue ao arquiteto e urbanista Nuno Portas; um mês depois, a 16 de novembro (18h30, sala Almada Negreiros), será a vez do cientista Alexandre Quintanilha. Após cada conferência (45 minutos) segue-se um debate com os leitores. A entrada é livre, mas quem preferir (e nós aconselhamos) pode fazer uma ou mais reservas através do e-mail ler@circuloleitores.pt.

Prémios de Edição LER/Booktailors 2012

Estão abertas as candidaturas para a 5.ª edição dos Prémios de Edição LER/Booktailors. Nesta edição, e de forma a corrigir o anterior desvio temporal, aceitam-se obras publicadas nos anos de 2011 e 2012 em todas as categorias de design, fotografia e ilustração. O prazo de receção de candidaturas termina a 30 de outubro. Mais informações e regulamento completo aqui. Como habitualmente, os vencedores serão anunciados no Correntes d’Escritas, em fevereiro de 2013.

Dalton Trevisan na Relógio d'Água

 

O Vampiro de Curitiba (com prefácio de J. Rentes de Carvalho), A Trombeta do Anjo Vingador e Guerra Conjugal são os primeiros livros de contos escolhidos pela Relógio d'Água para editar «o essencial da obra» de Dalton Trevisan, Prémio Camões de 2012 – a que se juntam, no início do próximo ano Novelas Nada ExemplaresO Rei da Terra e o romance A Polaquinha. Será também reeditado Cemitério de Elefantes (Relógio d'Água, 1984) com o prefácio então escrito por Fernando Assis Pacheco.

Já nas bancas!


Os cálculos indicam que 70 por cento da poesia inglesa ainda estará inédita. Em português falta toda a poesia não datada. Podemos estar a falar de 500 poemas ou mais.

Pessoa morreu em 1935, nós estamos em 2012; não há qualquer coisa de incompreensível nisso?
Essa é a perplexidade que já tive quando vivi a minha epifania. A minha relação com Pessoa começou em 2003 quando encontro um espólio trilingue amplamente inédito. Para mim, há quase uma década que é incompreensível termos tanto material por tratar e termos a consciência, mesmo que seja uma consciência de poucas pessoas, de ainda termos trabalho para 40 ou 50 anos, ou muito mais.

Jerónimo Pizarro, entrevistado por Carlos Vaz Marques


JERÓNIMO PIZARRO
PESSOA ATÉ PARECE QUE BRINCOU COM A POSTERIDADE
O modo tranquilo de falar esconde a hiperatividade, revelada pela extraordinária lista de publicações que acumula em menos de uma década. Há três ­meses lançou Prosa de Álvaro de Campos (um acontecimento editorial, para ele, tão relevante quanto O Livro do Desasossego, há 30 anos), e este mês sai para as livrarias Ibéria - Introdução a Um Imperialismo Futuro e o conjunto de ensaios Pessoa Existe?. A quem pensa que o essencial de Pessoa é do domínio público, Pizarro recorda um facto simples: metade dos papéis do escritor continua por descodificar. 
TOMAS TRANSTRÖMER
MEMÓRIAS DE JUVENTUDE
O Nobel da Literatura de 2011 reservou o seu ­único livro em prosa para uma autobiografia cujas páginas atravessam infância e adolescência, terminando com a sua entrada no liceu. Discreto ­e ­minucio­so, o poeta sueco de 81 anos, que há muito vive retirado devido a um acidente vascular cerebral, enfrenta os abismos da memória em As Minhas Lembranças Observam-me. Um momento exclusivo.
 DESKTOP
SEIS ESCRITOREM ABREM O COMPUTADOR
Há dezenas de pastas com títulos surpreendentes e fotografias de viagens. Há ficheiros sentimentais e fundos minimalistas. Há segredos e matéria literária. José Eduardo Agualusa, João Tordo, Paulo Moreiras, Raquel Ochoa, Joel Neto e João Luís Barreto Guimarães revelam como é – para cada um deles – ter um bom ambiente de trabalho. 
 E.L. JAMES
CHICOTADA PSICOLÓGICA
A sua trilogia erótica inspirada na saga dos vampiros de Stephenie Meyer já vendeu mais de 40 milhões de exemplares. A revista Time incluiu o seu nome na lista das 100 personalidades do ano e a Universal comprou os ­direitos para cinema. Mas o que vale, afinal, o best-seller de 2012, cujo primeiro volume (As Cinquenta Sombras de Grey) aterrou em Portugal neste verão?
25 ANOS, 25 LIVROS 
Continuam as escolhas sobre os 25 melhores livros de autores portugueses, publicados pela primeira vez entre 1987 e 2011. «A obra de Gonçalo M. Tavares que – apesar de incontornável, porque singular e diversificada, na literatura portuguesa deste século – não me provoca o espanto que costuma deixar boquiaberta a nossa intelligentsia», afirma José Riço Direitinho, «pela razão de eu considerar que o que o autor escreve (sobretudo os romances e os contos) é uma espécie de literatura requentada da Mitteleuropa».
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